domingo, 11 de março de 2012

Poesia 30: A Garota de Verde

Mulher de Verde. Van Dongen, 1911.

A garota de verde que eu não esperava
Naquele quadro, naquela praça
Tão caramelo, jambo ou mesmo açaí?
Não importava, linda, quase não parava
Ia, as vezes vinha, as vezes se ria
Nada a segurava
Intrigava-me vê-la
Desafiava-me ouvi-la
Num mesmo momento, mesmo que curto
Impossível esquecer seu passar
O que dizer? Não precisava
Seu olhar brilhante
Seus olhos escuros
Qual sua fronteira,
Como se embalam seus sonhos,
Garota de verde que passa sorrindo?
Menina verde, que tão rápido passou
Sentou aqui do meu lado
Disse-me quatro ou cinco coisas incríveis
E deixou um mundo mais feliz em sua passagem


  Van
11.03.12

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