sábado, 29 de dezembro de 2012

Balanços Anuais e Phasers Desintegradores

Praia Secreta nº 1 (Van)

Por favor, “tire seu sorriso do caminho que eu preciso passar com minha dor”. É assim que a onda de balanços desse ano me atingiu. Dessa vez, como tsunami. 

A vida não tá fácil pra ninguém, não há motivos pra fingimentos, eu sou assim, olhar pra trás nos faz fortes e menos idiotas. A alegria gratuita é o alimento da ignorância. Ser feliz é a meta impossível, a utopia que persegue qualquer um que olhe ao redor de forma adulta. Dessa forma, e sob esse olhar, 2012 foi pau. Foi pau, pedra e o fim do caminho. 

Algum otimista a essa altura já pensou em me dizer: “pois tome outro caminho e tal e tal...” Antes que o faça, e que eu sinta uma vontade irrefreável de usar meu phaser desintegrador, só adianto o seguinte: volte para o seu lar e me deixe em paz. 

Em 2012 perdi muito, tive pouco ou nada em troca, a compensação da vida é continuar vivo e continuar tendo momentos alegres regados a fortes descargas de serotonina, dopamina, adrenalina e ilusão. Perdi uma pessoa amada, sem retorno de nenhum tipo. Pelo menos, possível nesse mundo. A perda pessoal, de si, de outro, de rumo, compensado por difíceis manobras de emergência, e forte presença de poucos amigos leais, deram o tom de um ano que só terminou por decreto das últimas folhas do calendário. 

Não, não terei saudades de 2012, que conseguiu ser mais cruel que 2011 e ainda superou o antes imbatível 2009. Ainda estou acampado em minha vida a meio caminho de lugar nenhum. Que venha 2013 e seja venturoso. 

Pois, se for pra encher meu saco, que venha armado.

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