quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Poesia 7: Olhos de Puro Amor



Olhos de Puro Amor
                                             Van

Amei-te com puro ódio
Com a mesma cólera afetiva perfurei teus olhos
Vi em minha vida perdida
Os descaminhos que tu nunca me ofereceste
Era hora de seguir
Arrumei o cabelo no reflexo da lâmina
Beijei-te os lábios frios pela última vez
Antes que, faminto, o gato os comesse.



Para o amigo Lenildo.

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