The Perfect Storm (2000) |
Estavam já há vários minutos em silêncio. Enquanto
ele olhava todo aquele mar azul à sua frente, ela o perguntava sobre seu amor,
seu passado, seu futuro. Ela queria ter filhos, ela queria ser sua, ela não
queria a concorrência de nada, nem do tempo. Queria sua boca, seu sexo, deitar
com ele sob aquele sol, construir uma cabana na praia. Ela perguntou-lhe se ele
a amava. Silêncio, nada além das ondas e do vento. Ele continuava a fixar o
mar, e pensava, bem no instante que uma grande onda quebrava nas pedras onde
acharam o corpo do pescador desaparecido: “O que sobrou de um homem do mar
encontrado nessas pedras. Seu barco, nunca mais foi visto, nem tão poucos seus
colegas, o mar dificilmente devolve quem ele escolhe. Se alguém volta, porque a
morte manda recado”. No lapso que se seguiu, ao olhar novamente para ela, além
do espaço vazio, pode ver um ponto escuro já distante, descendo ligeiro a
ribanceira. Evidente que ela não se importava com a sorte dos que são tragados
pelo mar.
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