Era semana de aniversário que passava, e
era urgente, a necessidade de comemorar. Foram-se tantos sobressaltos, uma
pressa não sentida correu com os dias, devorou toda a vontade, se apossou do
hoje. Chegara o dia de aniversário, ela não acordara. Não, ainda não tão cedo.
Não sabia dos amigos nem de nada mais, embalada ficou, dormiu mais, pois era
dia de aniversário, nesse dia não haveria pressa. Nesse dia se perderia do
tempo e se acharia longe de qualquer euforia, não perderia energias pelejando
por nada, muito pelo contrário, haveria um tipo de conforto, de satisfação
diferente, não haveria nada pra esperar. Tomaria uma ou algumas cervejas
geladas na varanda, molharia sua planta, conversaria com as formigas. Soltaria
o relógio apenas quando o dia acabasse para que o fim só chegasse quando ela
estivesse novamente distraída.
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