Hoje ela acordou cansada, pra variar. É sexta feira. Súbito, pulou da cama, não fazia mais diferença o transcorrer da semana e a mudança dos dias – uma, duas, três, 50 coisas pra fazer além do que sua razão podia aceitar. Não havia nenhuma festa em estar numa sexta, nada mudava no céu, ou na sua cabeça. O telefone não tocava.
Correu e pôs o café pra passar, enquanto se apressava no banho. Logo, muito cedo, deveria estar em mais um compromisso, longe, de si, do seu sonho, de uma vida que pensou ser diferente depois que tudo tivesse mudado. As coisas mudaram, ela também e tudo ficou assim, a repetição do dia, frente a uma opaca linha de chegada que nada trazia além da certeza que o tempo passa.
Tomou um gole de café, não comeu pão – se achava acima do peso – e projetou-se hall a fora para pegar o elevador. Amanhã é sábado, talvez se esqueça de lembrar que seu telefone poderia tocar.
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