Sua inescapável beleza
foi o suficiente para encontrá-la na multidão. O imediato impulso foi ir até
você, desesperadamente pegar sua mão e falar qualquer bobagem (para a qual você
demonstrou pouco ou nenhum interesse em ouvir).
Definitivamente você não
estava a fim de me emprestar sua atenção, sua mão, nem tão pouco que eu a
seguisse, não ali, não naquele momento, talvez não outra vez. E assim se foi
espalhar seus encantos por todas as ruas e praças onde eu não estaria. Embora
arredia, bastou o segundo em que mirei seus olhos para entender porque não ficaríamos,
afinal era carnaval, além do suor, havia muito brilho, muitos braços e beijos a
se encontrar.
Talvez nos falássemos bem
mais tarde, ou no outro dia. Talvez a gente voltasse a se ver depois do
carnaval. Talvez nunca mais nos víssemos.
Em uma madrugada ainda
lhe liguei e você não atendeu, no outro dia o carnaval acabou.
Foi assim, que não
ouvimos juntos aquele frevo do Fausto Nilo e Moraes Moreira que lhe mostrara um
tempo atrás. Nem tão pouco nos deixamos levar pela parte quente que canta
Caetano.
No fim, mais uma estória
de Carnaval. Tudo vira inspiração para algum poeta compor um novo frevo que não
ouviremos juntos.
Mas depois de tudo, tenho
que confessar, foi a melhor fantasia de todo aquele dia.
E cá estou eu escrevendo, "você é que faz minha a vida variar".
Mais vale as lembranças e o que elas são capazes de nos provocar. ;)
ResponderExcluirBeijos!
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