Desmontado
Pedaço a pedaço com uma gilete e uma britadeira sutil
Montar-me não faz mais tanto sentido
Ao avesso, sentir é contorcer-me noutro mundo
De largas sombras de um sol escuro
Entregar-me ao vazio de sua garganta
Além de sua língua
Dos interstícios de seus dentes
Raspar do tacho quebrado sem bordas
A saliva e o suor que restaram
Da hora que você suspirou pra sempre
Todo meu desejo
E me disse com todo amor
Da urgência ensandecida
De sua partida
Que faz o brilho de seus olhos
E do sorriso besta
Por um corpo revirado
Deglutido
Aos pedaços
Pendurado
Pelas paredes
Van
Fiz um samba disso, está tudo em minha cabeça!
ResponderExcluirEu logo compreendi que os versos de Vancarder Brito
ResponderExcluirtransformar-se-iam em sambas desde os sons e tempos
de: "Meu sorriso amarelo", que li e distribui
na Biblioteca do CH da UECE, naquelas anos do 90
do Séc. XX.
A Clara suspirava quando recitava-se o poema que jugo deveria ser postado neste sítio em breve.
muito massa,eu tabem criei um blog sobre poesia e poemas quem quizer entra lá: http://vozdaalma-jhonn.blogspot.com
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