Death Proof (Tarantino, 2007) |
Na tarde que ele a procurou
novamente, depois das primeiras (poucas) vezes que se viram, não fazia ideia o
quanto estava se tornando perdidamente apaixonado por aqueles olhos escuros, fala rápida,
gestos juvenis e balanço displicente daqueles cabelos longos.
A pele dela agora lhe parecia ter a textura e cor que combinavam com a foto perfeita que pensou dela sem roupa. A
nova estória que ela lhe contaria sobre algo banal e cheio de cores o faria
pensar o quanto festejaria pra sempre viver naquele sorriso de lábios vermelhos
e fartos.
Bastaria agora que ela dissesse o seu primeiro oi e ele mergulharia no transe irremediável daquelas pernas, como na cena
de Down in Mexico, do Tarantino. Mas ele ainda não sabia de nada disso.
O caçador, coitado, agora era a caça.
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