Rachael |
Essa semana quis escrever
algo para você. Por pouco não te liguei. Por um triz não mandei uma mensagem. Dias
depois só podia ver pernas, suor, as costas que não as suas. Quer saber, meu bem? Lembrei
de suas pernas e de seu inconfundível cheiro agridoce misturado com perfume,
quase disse seu nome por engano algumas vezes, pensei ter passado disso. Ontem tomei uma
cerveja interminável em sua causa. Na volta a pé, alta madrugada, parei frente
a um prédio que imaginei ser o seu, absurdamente bêbado, toquei o interfone e
fugi de forma desembestada. Tropecei num meio fio perto da esquina e abri a
testa. Impressionante como você ainda faz meu sangue jorrar. Ao longe jurava ouvir
sua risada.
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