Babe (Hugues Erre, 1986) |
Ele disse pra ela que não havia mais como sentir-se tão vazio por
amá-la.
Do seu desejo de negar-se totalmente
quando ela pausava seu olhar sobre ele,
mesmo por poucos segundos. Desse olhar
assustador de canto de olho que sorrateiramente o perseguia e flagrava-o em
pleno ato de voyeurismo do que não valia mais a pena.
Antes de usar toda coragem que nunca teve
e sair,
Ainda conseguiu dizer do seu desejo
doentio,
Sua fixação atormentada pela imagem dos cabelos dela sobre o rosto (que escondiam ainda mais seu olho).
Bateu a porta com força naquela sexta
feira a noite.
Pouco depois, sem piedade, deixou-se
abater por doses massivas de vodka num bar.
Desejo, negação, amor e Vodck transmutam obsessão. Saudades da vida, ou que se imagina dela, cara.
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