Dentro de algum sonho esquecido em um apartamento ao qual
nunca mais voltaria, no fundo de uma grande gaveta na sala, havia uma caixa de
pequenas e intricadas coisas de fazer rir. Um trancelim de barbantes de graça,
uma caixa diáfana de cócegas fáceis, um silêncio antes da risada e uma infinidade
de pequeninos versos por serem escritos. Como o vento, essas coisas se foram
para se tornarem outras, e juntarem-se a sabores, fotos e lugares imprevistos, visitados com delicadeza em dias de sol, sem que ninguém soubesse. Praias desertas, outros sorrisos, colo
e carinhos.
Ao Sol, a vida pode voltar a correr como a areia daquela praia
secreta. Uma forma de espera, um aconchego, pra poder contar uma nova grande novidade.
O
tempo nunca está a favor.
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