sábado, 7 de julho de 2012

Poesia 32 - Amores em Sal


Saudade - Almeida Júnior
Amores vertidos em sal,
Olho,
Mas todas as ruas estão vazias.
O olhar persegue fantasmas
E abandona as imagens das ruas.
Os prédios vazios têm janelas sem histórias,
Onde olhos claros sem alma
Derramam lágrimas sem verdades,
E sem mentiras de um outro tempo. 
Anjos do passado querem roubar as lágrimas do mundo,
Todas elas.
Querem também a retina,
E o cristalino olhar vazio.
Tornarem-se donos do futuro,
Enxugar as faces,
Não mais permitir os amores
Virarem sal.

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